quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Um lugar do Peru





















tenho duas dicas para quem pretende ir à Bolivia:

1) Nao vá
2) Se for, permaneça o menor tempo possível

Vale a pena conhecer La Paz só para sentir o prazer de dixá-la. Pegue tudo que a bolívia tem de ruim (que é basicamente a Bolívia inteira menos Cochabamba) e você encontrará exponenciado em La Paz. Achoq ue até o iPod pegou vírus naquela terra nojenta.

Ao menos o caminho que leva a ela é bonito. Muito bonito. Surreal eu diria. Montanhas nevadas em meio a um cenario de deserto a 4500 metros de altura. Falando em altura, todos sofremos, inclusive o bombeiro. Sem ar ele sofreu para levar quatro marmanjos e malas cordilheira acima. Mas levou. Tudo bem que queimou uma ventoinha mas isso resolveremos em alguns dias. E graças a Deus no Peru, que parece a Suica perto da Bolivia.

Passamos um trecho do lago titicaca com o bombeiro numa "balsa" que era uma canoa para um carro, fazendo água dentro. Dorminos num hotel com varanda em frente ao lago. Cruzamos metade do peru em um dia, cenário maravilhoso.

Estou muito cansado e acabei de perdero post que havia escrito, entao serei breve. Estamos em Cuzco, cidade bem legal, bonbeiro está guardado a espera do dia 2 quando um artesao tentara consertar a ventoinha eletrica (digo artesao porque como aqui nao ha industria automobilistica nao ha pecas de reposicao, entao os mecanicos sao gambiarreiros) se tudo der certo vamos para o Chile dia 3.

Hoje é reveillon, e Cuzco está fervendo de turistas de toda parte do mundo, está bem legal e hoje a festa é Plaza de Armas. Fizemos um dia cultural e passei a admirar muito os Incas, apesar de terem falhado em exterminar os Bolivianos.

Aqui podemos respirar um pouco aliviados. A parte mais dificil já passou. Foi um pouco mais dificil do que imaginavamos (a viagem rende muito pouco, leva uma eternidade para andar 400 km) e daqui pra frente devemos pegar uma parte de terra (uns quinentos quilometros) para Tacna e depois entramos no Chile.



Bom ano novo a todos.

Rodrigo Sucesso

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Para Oeste















Povo,

Estamos em Cochabamba em um hotel 4 estrelas com piscina aquecida e escravos por todo lado por 30 dólares a diária.

Pior parte da viagem, em tese, já passou. Seria necessário uma novela para retratar o que se passou anteontem no caminho de corumbá para Santa Cruz de la Sierra. a "estrada" é um tripa de terra no meio de uma mistura de amazonia e pantanal, como jacarés e cobras atravessando a pista, sao 600 KM sem NENHUM posto de gasolina, sem NENHUM vendedor de água ou comida, sem NENHUM ser capaz de dar um informacao basica do tipo "qual o seu nome". No mneio encontramos um grupo de Uberlandia que ajudou muito, marcando no mapa todas as cidades legais etc. É a quinta vez que fazem a viagem e segundo eles nunca viram a estrada tao boa, dissram que antigamente levava 20 horas pra andar 200 km.



Perdemos mais de 6 horas e uns 350 reais em subornos para entrar com o carro na fronteira boliviana, validar as carteiras de vacinacao e conseguir as autorizacoes para translado com o bombeiro (que nos permitiam ir somente ate 500 km atras, ou seja estamos "ilegales").

Para cruzar um rio usamos um ponte de trem (sim, isso mesmo, sobre os trilhos de trem, com madeiras para quebrar galho dos carros que se metem a ir até lá).

Santa Cruz é seguramente o lugar para onde vao as almas que se comportaram mal no inferno. Faz Corumba parecer Paris, ficamos no que seria a oscar freire deles, onde ate havia uns bares legais e chiques com musica ao vivo de primeirissima, mas um quarteirao depois era faroeste, sao miguel paulista nao chega perto.O povo mais feio do mundo (um milhao e meio de habitantes) ninguém sabe dar informacoes, ninguem conhece nada alem do qu eexiste depois alem de 300 metros de onde vive. Calor imenso do caralho (ao contrario daqui em Cochabamba que já é bem frio) Voce fala com eles e eles simplesmente te ignoram, continuam brincando com o celular sem nem olhar na sua cara. O transito é um capitulo a parte, no final eu ja me dava bem, pois o que manda ali é o tamanho e quem acelera primeiro, entao comecou a valer a regra do "sai da frente indio".

Ontem saimos desse fim de mundo e viemos ate aqui, subindo uma serra que vai da altitude de 150metros até 3600metros. sao treminhoes carregando madeira e derrmando numa mestura de pedra areia e cascalho, na chuva, tambem nada de gasolina, nem comida. Por vezes passavamos uma cidadela com cabanas e alguns seres vestindo roupas coloridas morando dentro.

Hoje devemos passar por La Paz e se conseguirmos faze-lo ate umas 13h vamos tocar para Puno, já no Peru. Bombeiro vai exemplarmente bem apesar do castigo e do peso que estamos carregando, ninguem ficou doente ou passou mal, ainda nao brigamos e nao sentimos o menor perigo se der roubados ou assaltados (mesmo assim o co-piloto pega o binoculo sempre que vemos algo na estrada) a tensao mesmo é saber se estamos levando gasolina sufucuiente e se seguimos no caminhio certo (um erro pode significar pegar a estrada de terra errada -nao ha placa nenhuma, tampouco ninguem pra pedir informacao- e andar um dia todo até acabar a gasolina. E ficar no meio da selva até quem sabe algum dia passar alguém).
Algumas fotos aí ilustrram esse comecinho.



Abracos e beijos
Sucesso (Carvalho)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Ah! Então agora é assim né?

Como tudo começou...
Num bar (é lógico) surgiu a idéia de fazer uma viagem pela América Latina. A idéia inicial era da Patagônia chilena ao Atacama. Mas, porque passar apenas por um país. O roteiro mudou umas 15 vezes (e provavelmente vai mudar mais algumas...) até que chegamos ao definitivo.
O palco será um Jeep, o já conhecido bombeiro do Carvalho. Os atores são os 4 malucos Davi, Edson (Jr., Professor), Duda e Carvalho (Sucesso). E, o cenário são 6 países: Brasil, Bolívia (tem alguma coisa na Bolívia?), Peru, Chile, Argentina e (talvez) Paraguai...
Histórias, fotos, vídeos e relatos estarão aqui nesta página. Se você tiver tempo e paciência leia, comente e compartilhe. Estaremos nas estradas da Bolívia (todas com wi-fi zone) com nosso laptop wireless registrando os acontecimentos.
Davi Faria