Um Reveillon do Peru

Por incrivel que pareca, aqui no Peru nao se come peru na ceia, se come "cuì" um tipo de porquinho que aparece ate nos quadros da santa ceia que vimos numa igreja animal. E para visitarmos uma igreja precisa ser bem legal mesmo.

De qualquer maneira, nossa ceia foi pizza e cerveja "Cuzqueña" e muita chuva e fogos (quase bombas caseiras) na Plaza de Armas (ainda em Cuzco). Depois da meia noite todos saem correndo com bexigas e confete amarelo em volta da praca, costume que adotamos. Em seguida seguimos para"New Ibizza 2009" a balada da cidade que foi animal. Depois se todos aprovarem postarei fotos desse lugar. Sai duas vezes pra atender um chamado urgente da natureza, dizia ao taxista "Hotrel Qarmenqa, rapido o lo cago en su coche!" De tanto sair e entrar o porteiro jà nem me carimbava o braco "entra el cagon". Aqui è como Jericoacoara, gente de todo mundo e todos bem humorados e farristas. Atè os argentinos.

Hoje dia 1 ainda nao hà (vejam que nao me acostumei com teclado quechua) oficinas abertas, entao provavelmente vamos ter um tempo para conhecer macchupicchu.

Encerro por aqui porque o gordo Edson està desesperado pra almocar. Falando nele, anteontem (acho que foi anteontem, já perdi a nocao de tempo, quando acordo no meio da noite nao sei onde estou) um policial nos parou na entrada de Copacabana (nao no Rio, bem entendido) e eu estava guiando, sem "licencia para conducir" (coisa que no Brasil tambem nao tenho). Era noite, e o guarda nos olhava contra o farol, enquanto pensàvamos no que fazer, o Duda (que pegou hoje - chorando- o aviao pra casa) teve uma luz: "vocës estao de oculos, e moletom preto, e com o cabelo despenteado igual.

Nao concordo que o Edson seja tao bonito como eu, mas tenho que admitir que naquela hora ele parecia um espelho. saimos os dois do carro e ficamos trocando de lugar atras do portamalas como aquela brincadeira de esconder uma moeda embaixo de uma xicara e ficar rodando tres para um otario tentar descobrir onde foi parar a moeda.

Entrei no carro, tirei o moletom e o oculos e cai dormindo no banco traseiro enaquanto o guarda perguntava "¿quien es el conductor?" e Edson se acusou "soy yo!".

O indio ficou olhando com uma interrogacao na cabeca e ficou da cor de lhama quando foge, fez um silencio, pegou a habilitacao e tudo fou resolvido com um suborninho de 5 Bolivianos (menos de 2 Reais).

Oportnamente em outra postagem contarei o episodio onde o Edson avancou sobre o pedagio de "El Gran Exercito Boliviano" que se resumia a um indio fardado com 15 anos e um fuzil AK47 segurando uma cordinha com bandeirinhas de festa junina. Quase que abrem furos de ventilacao no bombeiro, bem onde estava estocada nossa gasolina ilegal. Ah e tambem o Davi e o Duda. Mas principalemente a gasolina.

Falando em honravel exercito bolivano, no Lago titicaca hà a "Marinha Bolviana" deve ser constragedor ser marinheiro num pais que nao tem mar. E na capitania dos portos (onde ficou guardado o bombeiro uma noite com 4 galos de gasolina ilegal) hà uma parede onde se le; "El Mar es nuestro por derecho, reconquistalo es un dever. Os chilenos que se cuidem. Là vem flecha.

Sucesso, Edson e Davi em Cuzco. Atè sabe Deus quando.